Povo,
Mais um texto que fiz para a disciplina de Artes da turma 102, agora falando um pouco sobre música e um pouco da sua história - ao menos em termos ocidentais.
aproveitem!
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Danças pré-históricas |
A música faz parte da nossa
vida. É um fato. A todo o momento estamos com os nossos fones de ouvido
escutando algo que por diversos fatores, nos faz sonhar, refletir,
movimentar-se ou que simplesmente nos desconecta das nossas realidades.
Portanto, a música está e sempre estará presente no cotidiano dos seres
humanos. Entretanto, ao longo da história, tal presença dessa arte cumpriu
diferente papeis dentro das sociedades humanas. Logo, ao recapitularmos um pouco
do desenvolvimento histórico desta produção cultural, vamos analisar, mais
detidamente, não somente as suas formas e estilos, mas principalmente, suas
funções e suas influências ao longo do tempo.
1.
PRÉ-HISTÓRIA E MUNDO ANTIGO ORIENTAL
Os primeiros registros sobre a
presença da música encontram-se em diversas cavernas na África, em torno de 52
mil anos AP, quando as primeiras comunidades humanas estão se formando e se
espalhando pelo continente africano e para fora dele. Em pinturas rupestres é
possível ver cenas de pessoas dançando, outras provavelmente tocando
instrumentos musicais, o que poderia indicar o papel da música como entretenimento
nas comunidades humanas.
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Representação musical egípcia |
No Mundo Antigo Oriental –
Mesopotâmia, Egito, índia e China – a música costumava-se estar vinculada aos
rituais religiosos sagrados ou relacionada às solenidades oficiais dos
governantes, demonstrando o status social elevado. Registros em que as pessoas
utilizavam paus e discos e batiam uma contra a outra visando produzir sons em
cerimônias religiosas eram bastante comum no Egito Antigo.
2.
MUNDO ANTIGO GRECO-ROMANO
No mundo ocidental, os gregos foram os
primeiros e buscar sistematizar os produtos culturais e científicos existentes
até então. A Filosofia, a Matemática e a História, no campo científico; o
Teatro, a Arquitetura e a Escultura, no campo artístico foram algumas das áreas
do conhecimento humano a ganhar seus teóricos, seus pensadores.
A música era interpretada como
uma linguagem que estava presente em todo o universo, justificando assim sua
presença e sua importância para outras áreas como o Teatro e a Dança, bem como
para a sociedade em suas cerimônias religiosas. Os romanos apropriaram-se desta
produção grega e as utilizaram para os mesmos fins, mas ajudaram também no desenvolvimento
de novos instrumentos musicais.
3.
EUROPA MEDIEVAL (SÉCULO V ao XIV)
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representação medieval do canto gregoriano |
O período conhecido como Idade Média
acabou privilegiando a história europeia, em um momento em que a Europa era
“periferia” do mundo. Nesta época, a Igreja Católica – em franco
desenvolvimento desde alguns anos antes da queda do Império Romano – adquiriu
poder político e social considerável, muito maior do que os governantes
europeus, influenciando decisivamente na produção cultural e na forma de pensar
da sociedade ocidental.
Na produção musical, a cristandade influenciou
fortemente: todos os estilos musicais conhecidos do período estão vinculados a
Igreja, destacando-se o Canto Gregoriano. Invenção musical existente antes
mesmo do nascimento de Jesus Cristo tornou-se elemento essencial nos cultos
cristãos. As canções medievais caracterizavam-se pela simplicidade melódica e a
ausência quase completa de instrumentos.
4.
RENASCIMENTO (SÉCULOS XIII, XIV, XV)
Os artistas renascentistas buscavam
afastarem-se das práticas religiosas, a partir dos conceitos universalistas e
humanistas. Na música também se refletirá com produções mais elaboradas e com
pretensões mais universais. Outra característica era o uso das línguas locais
ao invés do Latim.
5. O BARROCO E O CLÁSSICO (EUROPA MODERNA –
SÉCULOS XVII, XVIII e XIX)
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Concerto clássico |
A música barroca surgiu no
século XVII e caracterizou-se por ser mais dramática e mais elaborada. A ópera
é o resultado mais conhecido do barroco musical. A música clássica é posterior
historicamente e trouxe ao público a orquestra e as composições a partir dos
instrumentos musicais (até então, eram feitas a partir do canto). A Sonata, a
Sinfonia, o Concerto são estilos que surgem com a música clássica.
6.
ROMANTISMO (SÉCULO XIX)
O romantismo surgiu em um contexto de
extremo nacionalismo, em que os povos começam a buscar identidades e
características em comum e que os diferem de outras nações. Beethoven é o
artista mais conhecido deste estilo.
7. MÚSICA NO SÉCULO XX
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Roda de Samba: uma forma de música popular |
A Revolução Industrial interferiu com
força na produção musical do século XX: com a formação da indústria eletrônica,
produziram-se aparelhos voltados para a reprodução de música. Do Gramofone ao
iPod, passando pelo toca-discos e os Walkmans, as possibilidades de reprodução
musical só cresceram. Não apenas a reprodução, mas também os instrumentos musicais,
antes feitos de forma artesanal e em poucas quantidades passaram a ser fabricados em massa, possibilitando as camadas populares adquirirem e consumirem música
não apenas para ouvir, mas também para tocar e produzir.
A popularidade
da música refletiu-se na produção musical: a música popular expandiu-se e criou
uma série de estilos e gêneros que conhecemos até hoje – e que em geral, são os
que nós ouvimos, como o Rock, Pop, Samba, Rap, Música Eletrônica, entre tantas
outras.
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Gramofone - modelo retrô |
CONCEITOS
MUSICAIS
MÚSICA:
A
arte de combinar sons. Visando um resultado agradável ao ouvinte.
MELODIA:
Sequência
de notas que dão ao som uma organização, uma linha que faz sentido ao ouvinte.
Uma música pode ter várias melodias diferentes.
HARMONIA:
É
quando diferentes sons juntam-se e são ouvidos simultaneamente, formando os
acordes.
RITMO:
São
as diferentes formas de agrupamento dos sons. Especialmente com relação ao
tempo e a sua acentuação.
TIMBRE:
É
o tipo de som de cada instrumento. Sabemos a diferença entre uma guitarra e um
trompete através do timbre de cada instrumento, ou seja, de sua forma, seu som.
FORMA:
Configuração
básica que o compositor dá a sua obra musical. São formas a canção, a ópera, a
dança, etc.
GÊNERO:
É
o tipo de música derivado das formas. A canção pode ter como gêneros a música
popular; a ópera tem como gênero a sinfonia ou o concerto, etc.
OUVINTE:
Aquele
que recebe o som, produzido ou não. O ouvinte pode ser dividido em dois.
Limitado: que não se dispõe a ouvir aquilo que foge ao seu gosto. Bom ouvinte:
que houve vários tipos de sons, podendo ou ouvir sem compromisso teórico, ou
preocupado com os detalhes musicais de uma obra.
BIBLIOGRAFIA:
BENNETT,
Roy. Uma breve história da música. Rio
de Janeiro, Jorge Zahar, 1986.