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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A Repressão durante a ditadura civil-militar brasileira

Pessoal,

O Slide que estamos vendo nas oitavas (81 e 82) está aqui. O tema é os mecanismos de repressão durante a ditadura civil-militar no Brasil.







Aparelho repressivo Ditadura Civil-Militar brasileira (1964-1985) from Anderson Torres



Atualização: também publico o vídeo que assistimos, completo. Os filmes citados e os temas a que recorrem são Batismo de Sangue (espionagem militar e tortura), Pra Frente Brasil (tortura, indiferença de setores sociais com o regime de exceção, luta armada, "justiçamentos", apoio empresarial a tortura), Zuzu Angel (métodos de interrogatório), O que é isso, companheiro? ("expropriações",luta armada, tortura e métodos de ação da luta armada) e O Ano que meus pais saíram de férias (cotidiano, infância, exílio).



OBS: Cenas fortes - 3:36 até 7:35!

Abaixo, link para assistir os filmes inteiros no Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=YPaycJ8ij3s
http://www.youtube.com/watch?v=rzj1_bD3BDI
http://www.youtube.com/watch?v=duCoCVG2tt8
http://www.youtube.com/watch?v=9_ODe6ar7ag
http://www.youtube.com/watch?v=fnrhYwuxaTs

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Escravidão no Brasil do século XIX

Pessoal,

aí está os slides que começaremos a ver nas sétimas séries, com a temática da escravidão.

Aproveitem!



Quadro de Jean Baptiste Debret - "barbeiro"

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Quando o Gre-Nal ainda não era Gre-Nal

Povo,

Em semana de Gre-Nal, um pouco da história desses dois clubes e da construção dessa rivalidade histórica.
Palavras marcadas são links para outras páginas sobre o assunto destacado!

Centro de Porto Alegre nos 10 do século XX
Porto Alegre antes de Grêmio e Inter - O início do século XX marcou fortemente a influência dos imigrantes alemães e as formação de associações destes em que se reuniam, entre outras coisas, para os esportes, na capital gaúcha. Sob influência deles, começava-se se disseminar práticas esportivas como o remo, o turfe, o ciclismo, entre outros. Mas o futebol ainda era desconhecido dos porto-alegrenses...

O Rio Grande em Porto Alegre - em 1903, o Sport Club Rio Grande, clube de futebol da cidade do mesmo nome, fundado em 1900, foi convidado a fazer alguns jogos demonstrativos em Porto Alegre e causou frenesi entre os locais: a visita do clube rio-grandino influenciou a formação entre as associações germânicas de clubes de foot-ball. Sobre a primeira partida de futebol em Porto Alegre:
Primeiro foto do Grêmio, em 1903.

" (os jogadores do Rio Grande) jogaram durante duas horas para o deleite dos porto-alegrenses. (...)segundo o Correio do Povo, contou com um público de 5 mil pessoas. Na multidão encontravam-se muitas famílias da alta sociedade que se fizeram conduzir ao local em suas carruagens descobertas para melhor apreciar o espetáculo." (DAMO, p.62)

Grêmio e Fuss-Ball: a primeira rivalidade - O Grêmio e o Fuss-ball tiveram a mesma origem: foram fundados por imigrantes alemães, na mesma data - 15 de setembro de 1903 - e até 1909 foram os únicos clubes da cidade e se enfrentavam ao menos duas vezes por ano.

Primeiro distintivo colorado, 1909.
Novos clubes e o surgimento do Internacional - Reza a lenda que os irmãos Poppe, fundadores do Internacional, teriam tentado filiarem-se ao Grêmio e os membros gremistas teriam recusado, levando os jovens vindos de São Paulo a fundar o seu próprio clube. Verdade ou não, o fato é que os colorados surgiram e foram muito bem recebidos pelos gremistas, que os convidaram para realizar o primeiro match, encerrado com o escore de 10 a 0 para o Grêmio. De acordo com Damo, o surgimento do Internacional fora fundamental para o futebol gaúcho e o seu desenvolvimento. Os colorados sempre dispostos a quebrar a hegemonia gremista na cidade, e o Grêmio,  enfim, encontrava um adversário a altura.

Os negros na dupla Gre-Nal - Tanto um como outro só aceitaram negros muito depois das suas fundações. O Internacional, nos anos 30 e o Grêmio nos anos 50. É bom que se diga que o racismo no futebol não era uma exclusividade de Porto Alegre. Devido ao caráter elitista do futebol no seu início, raros clubes aceitavam "homens de cor". Raras exceções eram clubes fundados por indústrias ou comerciantes como os cariocas Bangu e Vasco da Gama ou o gaúcho Brasil de Pelotas.
André Catimba e a comemoração do Gauchão de 1977.
 1 a 0 e Grêmio campeão
No entanto, os negros souberam "driblar" tais restrições e formaram os seus próprios clubes de futebol e o seu campeonato, disputado a parte da Liga Municipal, que só tinham clubes "brancos". A Liga Nacional de Foot-Ball Porto-Alegrense, mais conhecida como a Liga dos Canelas Pretas era onde os negros conseguiam praticar o Football na nossa cidade.

BIBLIOGRAFIA:

DAMO, Arlei. Gremista ou Colorado. IN: Futebol e Identidade Social. Porto Alegre, Ed. UFRGS, 2002.
JESUS, Gilmar. O futebol da canela preta: o negro e a modernidade em Porto Alegre.IN; Revista Anos 90, PPGH/UFRGS, n.11, 1999.

BOM GRENAL A TODOS!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Grécia Antiga no Museu Britânico

Pessoal,

Aqui vai o link (clique aqui) para visitar on-line parte do acervo do Museu Britânico de Londres referente a Grécia Antiga!

Cabe lembrar que muito do acervo do Museu fora produto de saques dos ingleses durante o período colonial. Não é a toa que os gregos até hoje reivindicam a volta destes objetos para o país helênico...
Vaso com uma representação da Panateneia - festival realizado pleos gregos em honra da Deusa Athena.


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Uma história social da música

Povo,

Mais um texto que fiz para a disciplina de Artes da turma 102, agora falando um pouco sobre música e um pouco da sua história - ao menos em termos ocidentais.

aproveitem!

Danças pré-históricas
A música faz parte da nossa vida. É um fato. A todo o momento estamos com os nossos fones de ouvido escutando algo que por diversos fatores, nos faz sonhar, refletir, movimentar-se ou que simplesmente nos desconecta das nossas realidades. Portanto, a música está e sempre estará presente no cotidiano dos seres humanos. Entretanto, ao longo da história, tal presença dessa arte cumpriu diferente papeis dentro das sociedades humanas. Logo, ao recapitularmos um pouco do desenvolvimento histórico desta produção cultural, vamos analisar, mais detidamente, não somente as suas formas e estilos, mas principalmente, suas funções e suas influências ao longo do tempo.

1. PRÉ-HISTÓRIA E MUNDO ANTIGO ORIENTAL

Os primeiros registros sobre a presença da música encontram-se em diversas cavernas na África, em torno de 52 mil anos AP, quando as primeiras comunidades humanas estão se formando e se espalhando pelo continente africano e para fora dele. Em pinturas rupestres é possível ver cenas de pessoas dançando, outras provavelmente tocando instrumentos musicais, o que poderia indicar o papel da música como entretenimento nas comunidades humanas.
Representação musical egípcia
No Mundo Antigo Oriental – Mesopotâmia, Egito, índia e China – a música costumava-se estar vinculada aos rituais religiosos sagrados ou relacionada às solenidades oficiais dos governantes, demonstrando o status social elevado. Registros em que as pessoas utilizavam paus e discos e batiam uma contra a outra visando produzir sons em cerimônias religiosas eram bastante comum no Egito Antigo.

2. MUNDO ANTIGO GRECO-ROMANO

No mundo ocidental, os gregos foram os primeiros e buscar sistematizar os produtos culturais e científicos existentes até então. A Filosofia, a Matemática e a História, no campo científico; o Teatro, a Arquitetura e a Escultura, no campo artístico foram algumas das áreas do conhecimento humano a ganhar seus teóricos, seus pensadores.
A música era interpretada como uma linguagem que estava presente em todo o universo, justificando assim sua presença e sua importância para outras áreas como o Teatro e a Dança, bem como para a sociedade em suas cerimônias religiosas. Os romanos apropriaram-se desta produção grega e as utilizaram para os mesmos fins, mas ajudaram também no desenvolvimento de novos instrumentos musicais.

3. EUROPA MEDIEVAL (SÉCULO V ao XIV)

representação medieval do canto
gregoriano
O período conhecido como Idade Média acabou privilegiando a história europeia, em um momento em que a Europa era “periferia” do mundo. Nesta época, a Igreja Católica – em franco desenvolvimento desde alguns anos antes da queda do Império Romano – adquiriu poder político e social considerável, muito maior do que os governantes europeus, influenciando decisivamente na produção cultural e na forma de pensar da sociedade ocidental.
Na produção musical, a cristandade influenciou fortemente: todos os estilos musicais conhecidos do período estão vinculados a Igreja, destacando-se o Canto Gregoriano. Invenção musical existente antes mesmo do nascimento de Jesus Cristo tornou-se elemento essencial nos cultos cristãos. As canções medievais caracterizavam-se pela simplicidade melódica e a ausência quase completa de instrumentos.

4. RENASCIMENTO (SÉCULOS XIII, XIV, XV)

Os artistas renascentistas buscavam afastarem-se das práticas religiosas, a partir dos conceitos universalistas e humanistas. Na música também se refletirá com produções mais elaboradas e com pretensões mais universais. Outra característica era o uso das línguas locais ao invés do Latim.

5.  O BARROCO E O CLÁSSICO (EUROPA MODERNA – SÉCULOS XVII, XVIII e XIX)

Concerto clássico
A música barroca surgiu no século XVII e caracterizou-se por ser mais dramática e mais elaborada. A ópera é o resultado mais conhecido do barroco musical. A música clássica é posterior historicamente e trouxe ao público a orquestra e as composições a partir dos instrumentos musicais (até então, eram feitas a partir do canto). A Sonata, a Sinfonia, o Concerto são estilos que surgem com a música clássica.

6. ROMANTISMO (SÉCULO XIX)

O romantismo surgiu em um contexto de extremo nacionalismo, em que os povos começam a buscar identidades e características em comum e que os diferem de outras nações. Beethoven é o artista mais conhecido deste estilo.

7. MÚSICA NO SÉCULO XX

Roda de Samba: uma forma de música
popular
A Revolução Industrial interferiu com força na produção musical do século XX: com a formação da indústria eletrônica, produziram-se aparelhos voltados para a reprodução de música. Do Gramofone ao iPod, passando pelo toca-discos e os Walkmans, as possibilidades de reprodução musical só cresceram. Não apenas a reprodução, mas também os instrumentos musicais, antes feitos de forma artesanal e em poucas quantidades passaram a ser fabricados em massa, possibilitando as camadas populares adquirirem e consumirem música não apenas para ouvir, mas também para tocar e produzir.
A popularidade da música refletiu-se na produção musical: a música popular expandiu-se e criou uma série de estilos e gêneros que conhecemos até hoje – e que em geral, são os que nós ouvimos, como o Rock, Pop, Samba, Rap, Música Eletrônica, entre tantas outras.
Gramofone - modelo retrô


CONCEITOS MUSICAIS

MÚSICA: A arte de combinar sons. Visando um resultado agradável ao ouvinte.
MELODIA: Sequência de notas que dão ao som uma organização, uma linha que faz sentido ao ouvinte. Uma música pode ter várias melodias diferentes.
HARMONIA: É quando diferentes sons juntam-se e são ouvidos simultaneamente, formando os acordes.
RITMO: São as diferentes formas de agrupamento dos sons. Especialmente com relação ao tempo e a sua acentuação.
TIMBRE: É o tipo de som de cada instrumento. Sabemos a diferença entre uma guitarra e um trompete através do timbre de cada instrumento, ou seja, de sua forma, seu som.
FORMA: Configuração básica que o compositor dá a sua obra musical. São formas a canção, a ópera, a dança, etc.
GÊNERO: É o tipo de música derivado das formas. A canção pode ter como gêneros a música popular; a ópera tem como gênero a sinfonia ou o concerto, etc.
OUVINTE: Aquele que recebe o som, produzido ou não. O ouvinte pode ser dividido em dois. Limitado: que não se dispõe a ouvir aquilo que foge ao seu gosto. Bom ouvinte: que houve vários tipos de sons, podendo ou ouvir sem compromisso teórico, ou preocupado com os detalhes musicais de uma obra.

BIBLIOGRAFIA: 
ARAÚJO, Lindomar. História da Música. Disponível em: http://www.infoescola.com/musica/historia-da-musica/

BENNETT, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1986.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A última cartada de Getúlio Vargas

Prezados/as

Abaixo o texto que temos trabalhado nas turmas 81 e 82, com relação ao suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e suas consequências políticas e sociais no Brasil durante o que a os historiadores hoje chamam de Experiência Democrática.

O texto é uma adaptação da historiadora Ângela Castro Gomes, citado na bibliografia, com alguns pitacos meus!

A ÚLTIMA CARTADA DE VARGAS: O SUICÍDIO COMO MANUTENÇÃO DA DEMOCRACIA

O Suicídio de Vargas, ocorrido em 24 de agosto de 1954, foi um acontecimento trágico e único na História do Brasil. Sem o tiro dado contra o próprio coração, a conspiração civil-militar que estava sendo armada contra ele dificilmente seria evitada.
Comoção com a morte de Vargas
Durante o segundo governo Vargas (1950-1954), o presidente vinha sofrendo constantes ataques de seus opositores. não só de adversários políticos, como os udenistas, mas também de setores militares e da imprensa. Tudo só piorou quando assessores seus tentaram calar o principal nome opositor, o deputado federal e jornalista Carlos Lacerda (UDN-DF). O atentado na Rua Toneleros (Rio de Janeiro) feriu Lacerda e deixou como mártir da oposição o Major Rubens Vaz, segurança do “Corvo”, que morrera com um tiro. A partir de então, a pressão da oposição sobre Vargas crescera ao ponto de exigirem a renúncia do presidente.
Foram nessas circunstâncias que Vargas se matou num derradeiro golpe político que visava reverter uma situação que vinha beneficiando os antigetulistas. Sua morte transformou o equilíbrio de forças políticas da época, bloqueando o golpe que se armava e possibilitando a manutenção da legalidade democrática, com eleições garantidas em 1955, em que se sagrou vencedor Juscelino Kubitschek (PSD-MG).
Getúlio e seu chimarrão
Eleito democraticamente em 1950, Vargas já havia governado o Brasil por 15 anos, sendo os últimos oito anos (1937-1945) de forma ditatorial. Os opositores surpreenderam-se com a vitória de Getúlio, e alegaram que o “povo não sabia votar”. Todavia, a população tinha ainda em mente que Vargas fora o governante que atendeu muitas reivindicações durante o seu governo anterior tais como direitos trabalhistas e que soube construir, principalmente no Estado Novo, a imagem do homem preocupado com a felicidade e o sucesso do seu povo. O mesmo povo que, em agosto de 1954 saiu às ruas  gritando, provocando incêndios e quebra-quebras para demonstrar seu apreço ao presidente morto e assustar os antigetulistas. Estes se recolheram por um bom tempo diante do “golpe de mestre” do velho Getúlio.
Não era só suicídio que marcava as pessoas, mas a história construída por Vargas junto à população, em que o mesmo colocava-se sempre como sendo também parte do povo, buscando sempre estabelecer uma relação de proximidade com os populares, de confiança e respeito. Baixinho, meio barrigudo, sorrindo ou não, fumando charutos ou tomando chimarrão, ele era o Gegê, presente em marchinhas de carnaval e em outras manifestações populares.
Carlos Lacerda
Quando a UDN e os “entreguistas” militares o atacavam, a população também se sentia atacada. As ameaças a Vargas eram entendidas como ameaças a todas as conquistas sociais que o povo experimentava naquele momento. Não é por acaso que a população brasileira culpou os antigetulistas pelo ato desesperado do presidente: Se era Getúlio que havia garantido os direitos sociais, aqueles que o prejudicavam queriam também retirar tais direitos do povo.
Manifestação de trabalhadores pró-Vargas
De forma alguma isso significa dizer que Vargas era um “santo”: todos já vimos que ao mesmo tempo em que garantiu inúmeros direitos aos mais pobres, Getúlio também governou o Brasil entre 1937 e 1945 com mão de ferro, não aceitando oposição e agindo de forma violenta - com práticas como tortura contra quem o contestava - mas que, ao mesmo tempo, soube conquistar o apoio e o respeito da população trabalhadora, carente de líderes que atendessem suas demandas. 
Capa da Última Hora
O que mostramos é que Getúlio não é nem o “bem”, nem o “mal”, mas  uma figura complexa, um mito político que com suas contradições e ambiguidades, conseguiu manter-se na História do Brasil como uma personalidade decisiva e importante. Um homem que lia o seu tempo e agiu conforme o contexto o exigia: Um ditador e, contraditoriamente, alguém, que em outro contexto, garantiu, com sua morte, a manutenção da democracia.


BIBLIOGRAFIA:

FERREIRA, Jorge. “Crises da república: 1954, 1955, 1961”. IN: FERREIRA, J; DELGADO, L. O Brasil republicano: o tempo da experiência democrática. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2003, p. 301-342

GOMES, Ângela C. “A última cartada” IN: Revista Nossa História, nº 10, ago. 2004, Biblioteca Nacional, p. 14-19.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Processo de Independência do Brasil

Pessoal,

aí está os slides das aulas das turmas 73 e 74. Os quadros que usaremos no nosso trabalho em sala de aula também estão neste post, logo abaixo aos slides.




Quadro de Pedro Américo (1888)

Quadro de Moreaux (1844)