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segunda-feira, 30 de março de 2015

O que faz do ser humano diferente?

Interessante reportagem da BBC (link) sobre as quinze mudanças que fazem do homem o animal mais "curioso" que existe. Traz a tona diversos pontos sobre o que seria a evolução humana e como ela se diferenciou dos outros animais. Enfim, concordam com a reportagem?


Quinze mudanças que nos fizeram humanos

  • Representação da evolução humana: da esq. para a dir.:
    Australopithecus, Homo Erectus, Neanderthalensis e Sapiens
    29 março 2015
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Mudanças genéticas em ancestrais humanos determinaram "vantagens" na vida moderna.
Os humanos são provavelmente a espécie mais curiosa que já existiu.
Temos cérebros muito maiores que os de outros animais e que nos permitem construir utensílios, entender conceitos abstratos e usar a linguagem.
Mas também temos poucos pelos, mandíbulas fracas e demoramos para dar à luz.
Como a evolução explica essa criatura extravagante?

1. Viver em grupo


Os primeiros primatas, grupo que inclui macacos e humanos, surgiram pouco depois do desaparecimento dos dinossauros. Muitos começaram rapidamente a viver em grupos para melhor se defenderem de predadores, e isso exigiu de cada animal "negociar" uma rede de amizades, hierarquias e inimizades.
Sendo assim, viver em grupo pode ter impulsionado um aumento da capacidade intelectual.

2. Mais sangue no cérebro

Há 10-15 milhões de anos
Humanos, chimpanzés e gorilas descendem todos de uma espécie desconhecida e extinta de hominídeo.
Neste ancestral, um gene chamado RNF213 evoluiu rapidamente e pode ter estimulado o fluxo de sangue para o cérebro ao ampliar a artéria carótida.
Nos humanos, as mutações do RNF213 causam a doença de Moyamoya - um estreitamento da carótida que leva ao deterioramento da capacidade cerebral por conta da pouca irrigação do cérebro.

3. A divisão dos primatas

Há 7-13 milhões de anos
Nossos ancestrais se separaram de seus parentes parecidos com os chimpanzés há cerca de 7 milhões de anos. No início, tinham uma aparência bem similar, mas por dentro suas células estavam em marcha.
Os genes ASPM e ARHGAP11B entraram em mutação, assim como um segmento do genoma humano chamado HAR1.
Ainda não está claro o que provocou essas modificações, mas o ARHGAP11B e o HAR1 estão associados ao crescimento do córtex cerebral

4. 'Picos' de açúcar

Depois que a linha evolutiva humana se separou da linha dos chimpanzés, dois genes sofreram mutações.
Há menos de sete milhões de anos
O SLC2A1 e o SLC2A4 formam proteínas que transportam glicose para dentro e para fora das células.
Essas modificações podem ter desviado glicose dos músculos para o cérebro de hominídeos primitivos e é possível que tenha estimulado o crescimento do órgão.

5. Mãos mais hábeis

Nossas mãos são incrivelmente hábeis e nos permitem construir ferramentas ou escrever, entre outras atividades.
Há menos de 7 milhões de anos
Isso pode se dever em parte a um fragmento de DNA chamando HACNS1, que evoluiu rapidamente desde que nossos ancestrais e os ancestrais dos chimpanzés se dividiram.
Não se sabe o que o HACNS1 faz exatamente, mas ele contribuiu para o desenvolvimento de nossos braços e mãos.

6. Mandíbulas fracas: mais espaço para o cérebro

Em comparação com outros primatas, os humanos não podem morder com muita força porque têm músculos mais fracos em volta da mandíbula, bem como mandíbulas menores.
Há 2,4 - 5,3 milhões de anos
Isso parece se dever a uma mutação do gene MYH16, que controla a produção de tecido muscular.
A mutação ocorreu há pelo menos 5 milhões de anos. Mandíbulas pequenas podem ter liberado espaço para o crescimento do cérebro.

7. Dieta variada

Nossos ancestrais primatas mais antigos comiam principalmente frutas, mas espécies posteriores como o Australopithecus ampliaram seu cardápio.
Há 1,8 - 3,5 milhões de anos
Além de se alimentar com uma variedade maior de plantas, como ervas, comiam mais carne e inclusive a cortavam com ferramentas de pedra.
Mais carne levou ao consumo de mais calorias e menos tempo de mastigação.

8. Pelado, nu com a mão no bolso

Os humanos são quase pelados. Não se sabe a razão, mas isso ocorreu entre 3 e 4 milhões de anos atrás.
Há 3,3 milhões de anos
Suspeita-se que a perda de pelos tenha ocorrido em resposta à evolução de parasitas como carrapatos.
Exposta ao sol, a pele humana escureceu e a partir de então todos nossos ancestrais foram negros até que alguns humanos modernos deixaram os trópicos.

9. Um gene de inteligência

Há 3,2 milhões de anos
Um gene chamado SRGAP2 foi duplicado três vezes em nossos ancestrais e, como resultado, células cerebrais teriam desenvolvido mais conexões.

10. Cérebros maiores: primatas pensantes

Os humanos pertencem a um grupo ou gênero de animais conhecido como Homo. O fóssil mais antigo de Homo foi escavado na Etiópia e tem 2,8 milhões de anos.
Há 2,8 milhões de anos
A primeira espécie foi possivelmente o Homo habilisembora cientistas discordem deste argumento.
Em comparação com seus ancestrais, esses novos hominídeos tinham cérebros muito maiores.

11. Parto complicado: uma cabeça muito grande

Para os humanos, o parto é mais difícil e perigoso.
Há pelo menos 200 mil anos
Diferentemente de outros primatas, as mães quase sempre precisa de ajuda.
Caminhar sobre duas pernas fez com que as fêmeas humanas tenham um canal pélvico mais estreito e passagem de um bebê humano com a cabeça maior de seus ancestrais ficou dificultada.
Para compensar esse "problema logístico", bebês humanos nascem pequenos e indefesos.

12. Controle do fogo

Ninguém sabe quando os humanos aprenderam a controlar o fogo.
Há 1 milhão de anos
A evidência mais antiga do uso do fogo está na Caverna de Wonderwerk, na África do Sul, que contém cinzas fossilizadas e ossos queimados datando de um milhão de anos.
Mas alguns especialistas afirmam que o fato de homem já ser capaz de processar alimentos há mais tempo do que isso poderia incluir o ato de cozinhar.

13. O dom da fala

Todos os grandes hominídeos têm sacos de ar em seus tractos vocais, o que lhes permite emitir fortes gritos.
Há 600 mil - 1,6 milhão de anos
Mas não os humanos, porque essas bolsas fazem impossível produzir diferentes sons.
Nossos ancestrais aparentemente perderam os sacos de ar antes de se separar em termos evolucionários da espécie Neanderthal, o que sugere que eles também podiam falar.

14. Um gene para a linguagem

Algumas pessoas têm uma mutação em um gene chamado FOXP2.
Há meio milhão de anos
Como resultado, custa a elas entender gramática e pronunciar palavras.
Isso sugere que o FOXP2 é crucial para aprender o uso da linguagem.

15. Saliva reforçada para comer carboidratos

A saliva humana contém uma enzima chamada amilasa, fabricada pelo gene AMY1, e que digere amidos.
Humanos descendentes de agricultores têm mais cópias do gene AMY1
Os humanos modernos cujos ancestrais foram agricultores têm mais cópias do AMY1 que aqueles cujos ancestrais era caçadores, por exemplo.
Este reforço digestivo pode ter ajudado a dar início ao cultivo, aos povoados e às sociedades modernas.
Representação de um grupo de Homo Neanderthalensis

quarta-feira, 11 de março de 2015

O Estado Islâmico e a destruição do patrimônio histórico

O Estado Islâmico (EI) tem-se destacado nos noticiários pela sua ação em favor da construção de um estado muçulmano radical e contra aqueles que entendem ser adversários do islã, desconsiderando as presenças de outras culturas e religiões.
Bandeira do EI do Magreb,
norte da África.
Parece que nos últimos dias, além de perseguir aqueles que não concordam com suas posições - sejam muçulmanos de outras correntes ou não-muçulmanos - parece que o novo alvo do EI é o patrimônio histórico. O vídeo abaixo apresenta a destruição pelo radicais de estátuas de ídolos da cultura assíria, que existiu no atual Iraque a mais de 3 mil anos. A destruição destes vestígios são também um ataque a um pedaço da história, sob a alegação deste grupo de que não representvaam o islã ... O trabalho histórico é que acaba pagando...





Obs: O fundamentalismo religioso - a defesa de uma religião a partir de uma interpretação radical dos textos sagrados - não é uma exclusividade do islã: o link abaixo apresenta diversos grupos fundamentalistas tanto na religião judaica, como na cristã!


Mapa da região de atuação principal da EI, destacada
em vermelho, entre o Iraque e a Síria.
Superinteressante: o que é fundamentalismo?

Outras informações sobre o EI e as destruições de patrimônios:

El País
Terra
Folha de São Paulo