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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Tentando entender o conflito Israel-Palestina

Nos últimos dias temos visto inúmeras notícias na TV, internet e jornais sobre o conflito entre o Estado de Israel e a Palestina, no Oriente Médio. Para tentar entender o porquê desse conflito, é preciso reconstruir historicamente o que ocorreu naquela região.
Os judeus, no final do século XIX, viviam espalhados por vários países da Europa. Em função de serem mal-vistos por parte dos europeus, procuraram construir uma identidade entre si, a partir de uma história em comum - de que viviam no atual território de Israel até serem expulsos de lá, na "diáspora" ocorrida no início da era cristã. Esse movimento judaico, chamado de Sionismo, passou a defender a volta dos judeus a aquela terra. O problema é que já havia um povo vivendo por lá: os palestinos.
Comparativo da ocupação israelense na Palestina:
 em verde os territórios palestinos, em branco, os israelenses.
Nota-se o aumento branco ao longo do tempo.
Entre 1890 e 1945, muitos judeus foram ocupando, ilegalmente, terras que eram dos palestinos e com o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) - diante da comoção causada pelo Holocausto nazista, que vitimou milhões de judeus, as nações ocidentais acabaram ajudando a criar o Estado de Israel em partes daquele território que era até então palestino. A ideia inicial era formar também um Estado da Palestina, no entanto, os diversos interesses em jogo de Israel e seus aliados (Estados Unidos, França, entre outros) impediu o surgimento da Palestina e o pior, acabou auxiliando os israelenses a ocuparem mais território daquele povo, expulsando as populações de suas terras, sendo obrigadas a se refugiarem em outros países.
Charge ironizando a desproporção entre as
forças palestinas e israelenses.
Desde então, já ocorreram diversos conflitos entre israelenses - que, cada vez mais, aumentou seu território fazendo uso da enorme desproporção entre sua força militar fortemente armada e organizada e as forças da Autoridade Palestina. Não é a toa que surgiram movimentos como o Hamas, que, diferentemente do que a grande mídia divulga, é uma entidade radical islâmica, mas que ajuda com assistência social e distribuição de recursos muitos palestinos e refugiados e, logicamente, faz uso de suas armas para enfrentar o poderio militar israelense.
A partir daí, notamos porque é tão desproporcional o numero de vitimas de um lado e do outro e entendemos que o que está em jogo é manter seu poder as custas de uma outra população. Ironicamente, Israel faz uso da mesma arma que foi vítima: a violência.
OBS: Não confundir Estado de Israel com todos os israelenses: existem muitos judeus que são CONTRA a política atual adotada pelo Estado de Israel!
Nem todos os judeus concordam com
o ataque de Israel.

OBS2 Mesmo alguns aliados israelenses tem considerado que o ideal para a paz é aceitar a existência de um Estado Palestino. Esperemos que seja possível!





BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CAMARGO, Cláudio. Guerras árabes-israelenses. IN: Mangnoli, Demétrio org.). História da Guerra. Ed. Contexto, 2006.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

As estátuas gregas tinham cores

Interessante notícia do site terra sobre uma pesquisa que conseguiu identificar a existência de cores nas antigas estátuas gregas.


Arqueólogo: século 20 negligenciou as cores das estátuas gregas

Para Vinzenz Brinkmann, arqueólogos descobriram há séculos a policromia das figuras antigas, mas escolhemos esquecê-la por arrogância


Quando as estátuas gregas começaram a chamar a atenção dos escultores europeus da Renascença, elas eram brancas. Quando Michelangelo e outros artistas viram as formas e a falta de cor do mármore dos antigos, eles emularam os mestres em suas próprias obras. Mas não era assim que os gregos viam suas estátuas. Para eles, os deuses eram cheios de cor - e assim eram suas representações.
Em 2003, com uma exibição no museu Glyptothek, em Munique, o arqueólogo alemão Vinzenz Brinkmann mostrou pela primeira vez seu trabalho ao mundo: ele descobriu como elucidar quais cores eram usadas nas estátuas gregas. Com lâmpadas de alta intensidade, luz ultravioleta, câmeras, gesso e jarras de materiais químicos, o alemão passou as últimas décadas estudando o pouco que sobrou da tinta do mármore greco-romano. E, com o mesmo material usado pelos antigos, ele recriou as esculturas policromáticas como elas devem ter parecido há milhares de anos. 

Apesar do trabalho dos cientistas chamar a atenção de muita gente, ele diz que sabemos há muito tempo que as estátuas antigas eram coloridas. "Todas as estátuas gregas e romanas de mármores que foram destruídas pela guerra (ataque persa à Acrópole de Atenas) ou erupção vulcânica (Pompeia, Herculano) têm conservados muitos traços de cores e ornamentos registrados pelos escavadores e ainda visíveis a olho nu", diz ao Terra Brinkmann.
O pesquisador explica que Johann Joachim Winckelmann - a quem chama de "pai da arqueologia" - já havia compreendido em 1762 que as esculturas antigas de mármore eram coloridas quando ele viu achados recém-revelados de Pompeia. Outros cientistas observaram cores em objetos na Acrópole.
"Até mesmo o próprio (escritor Johann Wolfgang von) Goethe tinha - apesar de relutantemente - aceitado nos seus últimos anos que havia cor no mármore antigo. Então este fato era muito conhecido no início da pesquisa (das estátuas greco-romanas). No final do século 19, não havia mais dúvidas entre os estudiosos: as esculturas de mármore gregas foram ricas em cores. O século 20 talvez tenha negligenciado essa questão - provavelmente devido a novas estéticas de purismo. Não havia mais pesquisa, documentação ou visualização na ciência até iniciarmos nossa pesquisa nos anos 80", diz o pesquisador. "As cores vívidas e ornamentos da arte antiga são obstáculos para a arrogância europeia decorrente de uma estética e forma gregas abstratas e intelectuais."
O arqueólogo explica que não eram apenas as estátuas que eram coloridas, mas também templos - especialmente nas áreas superiores destes. Segundo o cientista, as cidades gregas e suas colunas eram pintadas, especialmente os ornamentos arquitetônicos. Ele afirma que apenas das cidades dóricas (a mais famosa talvez tenha sido Esparta) ainda não há prova do uso de tinta.

Contudo, alguns objetos ainda mantêm suas cores dos dias da Grécia Antiga - em especial os vasos. Por que, então, as estátuas perderam sua tinta? "A cor era adicionada com pigmentos orgânicos, como caseína ou ovo (técnica da têmpera). Os corantes orgânicos são destruídos por micro-organismos", explica o cientista.
Brinkmann diz que a policromia das estátuas era tão comum que havia uma profissão que consistia apenas em pintar o mármore trabalhado. Além disso, as figuras esculpidas eram vestidas com roupas reais e eram adornadas com joias autênticas e esses "adicionais" eram trocados anualmente. "Esse ato era chamado de kosmesis", diz o arqueólogo.

domingo, 6 de julho de 2014

Dica de filmes: Fascismo e Segunda Guerra

Prezados, coloco abaixo alguns filmes sobre o fascismo e a Segunda Guerra:

1) O Grande Ditador (1940, EUA, Charlie Chaplin) - filme completo
Famosa sátira ao nazi-fascismo e seus líderes feita pelo gênio Chaplin.



2) A Queda (2004, Alemanha, Oliver Hirschbiegel) - trailer
Polêmico filme alemão que retrata os últimos dias do ditador nazista Adolf Hitler.



3) A Outra História Americana (1999, EUA, Tony Kaye) - trailer
Filme que mostra as ações de um neonazista, sua prisão e sua tentativa de tomar um novo caminho junto com a família.



4) A Vida É Bela (1999, Itália, Roberto Benigni) - trecho do filme
O ator e cineasta italiano Roberto Benigni constrói uma bela história de um homem preso junto com o filho em um campo de concentração e que luta para demonstrar para a criança que estavam vivendo em um jogo, para protegê-la de saber o que de fato estava ocorrendo.



Roberto Benigni