UA-71849655-1

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Tentando entender o conflito Israel-Palestina

Nos últimos dias temos visto inúmeras notícias na TV, internet e jornais sobre o conflito entre o Estado de Israel e a Palestina, no Oriente Médio. Para tentar entender o porquê desse conflito, é preciso reconstruir historicamente o que ocorreu naquela região.
Os judeus, no final do século XIX, viviam espalhados por vários países da Europa. Em função de serem mal-vistos por parte dos europeus, procuraram construir uma identidade entre si, a partir de uma história em comum - de que viviam no atual território de Israel até serem expulsos de lá, na "diáspora" ocorrida no início da era cristã. Esse movimento judaico, chamado de Sionismo, passou a defender a volta dos judeus a aquela terra. O problema é que já havia um povo vivendo por lá: os palestinos.
Comparativo da ocupação israelense na Palestina:
 em verde os territórios palestinos, em branco, os israelenses.
Nota-se o aumento branco ao longo do tempo.
Entre 1890 e 1945, muitos judeus foram ocupando, ilegalmente, terras que eram dos palestinos e com o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) - diante da comoção causada pelo Holocausto nazista, que vitimou milhões de judeus, as nações ocidentais acabaram ajudando a criar o Estado de Israel em partes daquele território que era até então palestino. A ideia inicial era formar também um Estado da Palestina, no entanto, os diversos interesses em jogo de Israel e seus aliados (Estados Unidos, França, entre outros) impediu o surgimento da Palestina e o pior, acabou auxiliando os israelenses a ocuparem mais território daquele povo, expulsando as populações de suas terras, sendo obrigadas a se refugiarem em outros países.
Charge ironizando a desproporção entre as
forças palestinas e israelenses.
Desde então, já ocorreram diversos conflitos entre israelenses - que, cada vez mais, aumentou seu território fazendo uso da enorme desproporção entre sua força militar fortemente armada e organizada e as forças da Autoridade Palestina. Não é a toa que surgiram movimentos como o Hamas, que, diferentemente do que a grande mídia divulga, é uma entidade radical islâmica, mas que ajuda com assistência social e distribuição de recursos muitos palestinos e refugiados e, logicamente, faz uso de suas armas para enfrentar o poderio militar israelense.
A partir daí, notamos porque é tão desproporcional o numero de vitimas de um lado e do outro e entendemos que o que está em jogo é manter seu poder as custas de uma outra população. Ironicamente, Israel faz uso da mesma arma que foi vítima: a violência.
OBS: Não confundir Estado de Israel com todos os israelenses: existem muitos judeus que são CONTRA a política atual adotada pelo Estado de Israel!
Nem todos os judeus concordam com
o ataque de Israel.

OBS2 Mesmo alguns aliados israelenses tem considerado que o ideal para a paz é aceitar a existência de um Estado Palestino. Esperemos que seja possível!





BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CAMARGO, Cláudio. Guerras árabes-israelenses. IN: Mangnoli, Demétrio org.). História da Guerra. Ed. Contexto, 2006.

Nenhum comentário:

Postar um comentário