ATO
I – Montagem da Guerra e hegemonia norte-americana (1945-1949)
Conferências de
Potsdam/ALE e Yalta/URSS (ambas em 1945) à definições geográficas e políticas
dos blocos capitalista e socialista. Os Estados Unidos teriam como zona de
influência a Europa Ocidental e o Japão, e os soviéticos teriam a Europa
Oriental.
Plano Marshall à plano econômico dos
EUA visando recuperar países devastados na II Guerra.
Doutrina Truman à ideia política de
defesa das “nações livres”, ou seja, proteção a possíveis tentativas de interferência
política da União Soviética nas áreas de influencia estadunidense. Exploração
do medo comunista pelos EUA nos países europeus e no Japão.
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) à
Aliança militar dos EUA com os seus aliados europeus para protegê-los de
possíveis avanços russos.
Organização das Nações Unidas (ONU) àorganização
que pretendia reunir todos os países do mundo e mediar conflitos. Fortemente
influenciado pelos EUA no seu início, sendo um braço diplomático de Washington.
Resposta Soviética: Conselho de Assistência Mútua Econômica
(CAME/Comecon) e o Pacto de Varsóvia à equivalentes
socialistas ao Plano Marshall e a OTAN.
Alemanha dividida: lado Ocidental sob influência capitalista e
o Oriental sob domínio soviético.
Conferência de Ialta: Churchill, Roosevelt e Stálin. |
ATO
II – Coexistência pacífica entre as potências e a emergência das periferias do
globo (1950-1962)
Centro à países em que são
tomadas as decisões principais referente ao período: EUA e URSS, além de seus
aliados europeus e asiáticos.
Periferia à países e colônias distantes
das decisões, alguns dependentes de países centrais seja como colônia, seja
como área de influência de um dos blocos e que irão buscar protagonismo a
partir da década de 50. Surgimento do Movimento dos Países Não-alinhados, que não compactuam com a
situação da Guerra Fria entre as potências centrais e que irão se unir para
reivindicar o fim imediato do colonialismo e melhorias sociais e econômicas em
suas nações. Destacavam-se a índia, Indonésia, Paquistão, China, Cuba, Etiópia,
Egito, Turquia, Vietnã, entre outros.
Este período
demonstrava que o mundo não girava apenas em torno das superpotências: os
não-alinhados eram o exemplo de que os países do terceiro mundo
eram capazes de unirem-se e organizarem-se, e que tinham autonomia decisória na
relação com os dois polos principais do globo.
Europa à formação da
Comunidade Europeia, embrião da União Europeia (UE) – surgimento do Estado de
Bem-estar social: implantação de políticas estatais de assistência
social tais como empréstimos, prestação de serviços públicos (hospitais,
escolas, etc.), geração de empregos públicos, atendimento as revindicações
sociais trabalhistas, etc.
Revolução Chinesa (1949) : adesão chinesa ao comunismo
Guerra da Coréia (1950-1953): divisão da
península da Coréia em Norte socialista e Sul capitalista
Construção do Muro de
Berlim (1961) e Revolução Cubana (1962)
ATO
III – Distensão entre as potências (1962-1979)
EUA e URSS entram em
acordos visando limitar o armamento de ambos os lados e diminuir o envolvimento
russo com os movimentos nacionalistas do terceiro mundo.
Fortalecimento dos
países não-alinhados na ONU, fazendo os EUA perderem sua hegemonia nesta organização
Crise econômica na Europa à
o Bem-estar social em xeque?
Menina vietnamita fugindo de um ataque americano |
1968 à ano de inconformismo
entre os jovens e trabalhadores e outros grupos sociais ao redor do mundo
quanto a Guerra Fria e a hegemonia americana. Episódios marcantes como a Guerra
do Vietnã (1955-1975) em que os americanos tentam impor o
capitalismo naquele país asiático e acabam sendo derrotados e a Primavera
de Praga (1968), na antiga Tchecoslováquia, em que o governo
comunista local tentou pôr em prática um socialismo mais democrático e acabou
sendo devastado pelo exército soviético, colocavam em crise a Guerra Fria.
Aliança EUA-China
ATO
IV – Segunda Guerra Fria e queda da URSS (1979-1989)
Governos conservadores nos EUA e nos países europeus: Ronald Reagan(EUA –
1980-1988) e a retomada das discussões ideológicas com a URSS à
discurso do anticomunismo.
Inglaterra e o governo da “dama de ferro” Margareth
Thachter à solução para a crise
europeia: fim do Bem-estar social e imposição do neoliberalismo. Ou
seja, o Estado retiraria quase todos os direitos dos cidadãos e não prestaria
mais serviços públicos de qualidade, entregando-os as iniciativas privadas.
Guerra do Afeganistão (1979-1989): decisiva para o
fim da URSS. Apoio americano aos rebeldes afegãos (dentre eles, Osama Bin
Laden...)
Americanos e soviéticos na corrida espacial. |
Revolução iraniana (1979): expulsão dos EUA
deste país pelos revoltosos muçulmanos, com apoio soviético.
Crise Soviética: perda dos apoios no Leste Europeu,
seduzidos pelo capitalismo; crise econômica e política. Mikhail Gorbatchev
assumiu o poder em 1985 e iniciou as reformas políticas na URSS, aliando-se aos
antigos inimigos americanos. Era questão de tempo para o desmoronamento do
socialismo soviético.
Queda do muro de Berlim (1989): símbolo da queda
socialista à fim definitivo da
URSS em 1992.
BIBLIOGRAFIA:
HOBSBAWM, Eric. A era dos
extremos. São Paulo, Companhia das Letras, 1995.
VIZENTINI, Paulo. A Guerra Fria. In:
REIS Fº, D; FERREIRA, J.; ZENHA, C. O
século XX: o tempo das crises. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira,
2005. (p.195-226).
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