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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O Iluminismo e seus filósofos

           
Como já discutimos em sala de aula, o Iluminismo foi um movimento filosófico dos séculos XVII e XVIII que propôs novas formas de pensar, atingindo em cheio o pensamento religioso predominante daquela época. O Homem não era mais dependente do que Deus dizia ou do que a Igreja preconizava: para os filósofos iluministas, o Homem era dono de o próprio saber e capaz de, racionalmente, pensar por si próprio, ou, nas palavras de Imannuel Kant, sair da menoridade e tornar-se independente.
Jean-Jacques Rousseau
É importante ressaltar, no entanto, que tais ideias não eram uma novidade: na verdade, os iluministas se inspiravam em cientistas do século XVI e XVII como Francis Bacon, Isaac Newton, Galileu Galilei, entre outros, que já estavam colocando em dúvida as certezas religiosas da Europa Moderna.
Estas ideias foram fundamentais para que a burguesia ascendente na Europa enfrentasse o poder vigente, ainda nas mãos dos reis e da Nobreza, auxiliadas pela Igreja Católica. A burguesia – que enriquecia a partir da produção manufaturada e a venda destes produtos – ainda encontrava-se afastada da luta política e viu nas ideias iluministas uma forma de influenciar na luta pelo poder: não é à toa que as teorias políticas de Montesquieu serão defendidas pelos burgueses. Com a ideia dos três poderes, seria mais fácil aos novos ricos acessar o poder político na Europa do Antigo Regime. No entanto, isso não significa dizer que os iluministas estavam a serviço da burguesia ascendente: na verdade, muitos deles eram ligados a monarcas ou a própria Igreja Católica, mas suas ideias ajudaram este novo grupo social a posicionar-se diante da sociedade europeia ainda dominada pelo Absolutismo e pela ideologia cristã.
Além disso, o iluminismo também servia para a defesa das propriedades: a propriedade, segundo os filósofos da época, era individual e não pertencia aos reis ou aos religiosos. Mais uma vez, a filosofia iluminista caia bem aos ouvidos burgueses.... Uma das consequências será a própria Revolução Francesa, muita influenciada pelo pensamento da ilustração.
A crença na Ciência é outro ponto marcante na filosofia das luzes: o homem só seria capaz de chegar à razão, a verdade, a partir do estudo e da busca incessante do conhecimento: não bastava mais esperar a intervenção divina. O ser humano deveria buscar a verdade por suas próprias forças, através da investigação, da prática e da experimentação até chegar o resultado real. Tudo era passível de crítica: o papel do intelectual é duvidar, antes de tudo.
Por fim, o enciclopedismo é outro fator importante sobre o “século das luzes”: a ideia básica era recolher todo o conhecimento até então construído e juntar tudo em uma compilação de livros: seria a “geografia do saber”, todo ele estaria ali, naqueles livros para que qualquer um pudesse pesquisar e aprender.
Até que ponto as ideias iluministas estão ainda presente no mundo de hoje? 

                       ALGUNS FILÓSOFOS ILUMINISTAS

Filósofo
Período de Vida
Nacionalidade
Área
Teoria\Bandeira
John Locke
1632-1704
inglês
Política
Liberalismo/Empirismo
Voltaire
1694-1778
francês
Social
Anticlericalismo
Barão de Montesquieu
1689-1755
francês
Política
Teoria dos Três Poderes
Jean-Jacques Rousseau
1712-1778
suíço
Política\Educação
Contrato Social\Liberdade de Pensamento
Immanuel Kant
1724-1804
prussiano
Filosofia
Minoridade do Homem
Denis Diderot
1713-1784
francês
Fisolofia
Enciclopedismo
Jean D’Alambert
1717-1783
francês
Matemática\Física
Enciclopedismo
Adam Smith
1723-1790
escocês
Economia
Fisiocracia/Liberalismo econômico


BIBLIOGRAFIA:

FALCON, Francisco. Iluminismo. São Paulo, Ática, 2004.

FORTES, Luiz. O Iluminismo e os reis filósofos. São Paulo, Brasiliense, 1987.

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