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sexta-feira, 27 de junho de 2014

10 mitos sobre a Ditadura Civil-Militar brasileira (1964-1985)

É comum ainda ouvirmos pessoas mais velhas falarem que a ditadura no Brasil não foi tão violenta assim, que bastava não mexer com os militares que eles não faziam, de que a repressão só começou em 1968, que se evitou um "golpe comunista" etc. Uma série de mitos construídos para justificar o injustificável: a derrubada de um regime democrático que tinha seus problemas, mas que certamente não era com autoritarismo e repressão que se resolveriam.
Essa reportagem do site da Superinteressante ajuda a quebrar alguns desses mitos e a entender que as ditaduras nunca são alternativas boas para se resolver os problemas de um país.

Gregório Bezerra, ex-deputado comunista, foi arrastado pelas
de Recife no primeiro dia após o golpe por militares: o que
que a Repressão começou junto com o golpe.


Link original: http://super.abril.com.br/blogs/historia-sem-fim/10-mitos-sobre-a-ditadura-no-brasil/

10 mitos sobre a ditadura no Brasil (ou Por que você não deve querer que ela volte)

Rôney Rodrigues  2 de abril de 2014

 Em 1964, um golpe de estado que derrubou o presidente João Goulart e instaurou uma ditadura no Brasil. O regime autoritário militar durou até 1985. Censura, exílio, repressão policial, tortura, mortes e “desaparecimentos” eram expedientes comuns nesses “anos de chumbo”. Porém, apesar de toda documentação e testemunhos que provam os crimes cometidos durante o Estado de exceção, tem gente que acha que naquela época “o Brasil era melhor”. Mas pesquisas da época – algumas divulgados só agora, graças à Comissão Nacional da Verdade – revelam que o período não trouxe tantas vantagens para o país.
Nas últimas semanas, recebemos muitos comentários saudosistas em relação à ditadura na página da SUPER no Facebook. Em uma época em que não é incomum ver gente clamando pela volta do regime e a por uma nova intervenção militar no país, decidimos falar dos mitos sobre a ditadura em que muita gente acredita.

1. “A ditadura no Brasil foi branda”

Pois bem, vamos lá. Há quem diga que a ditadura brasileira teria sido “mais branda” e “menos violenta” que outros regimes latino-americanos. Países como Argentina e Chile, por exemplo, teriam sofrido muito mais em “mãos militares”. De fato, a ditadura nesses países também foi sanguinária. Mas repare bem: também foi. Afinal, direitos fundamentais do ser humano eram constantemente violados por aqui: torturas e assassinatos de presos políticos – e até mesmo de crianças – eram comuns nos “porões do regime”. Esses crimes contra a humanidade, hoje, já são admitidos até mesmo pelos militares . Para quem, mesmo assim, acha que foi “suave” a repressão, um estudo do governo federal analisou relatórios e propõe triplicar a lista oficial de mortos e desaparecidos políticos vítimas da ditadura militar. Ou seja: de 357 mortos e desaparecidos com relação direta ou indireta com a repressão da ditadura (segundo a lista da Secretaria de Direitos Humanos), o número pode saltar para 957 mortos.

2. “Tínhamos educação de qualidade”
Naquele época, o “livre-pensar” não era, digamos, uma prioridade para o regime. Havia um intenso controle sobre informações e ideologia – o que engessava o currículo – e as disciplinas de filosofia e sociologia foram substituídas por Educação, Moral e Cívica e por OSPB (Organização Social e Política Brasileira, uma matéria obrigatória em todas as escolas do país, destinada à transmissão da ideologia do regime autoritário). Segundo o estudo “Mapa do Analfabetismo no Brasil”, do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), do Ministério da Educação, o Mobral (Movimento Brasileiro para Alfabetização) fracassou. O Mobral era uma resposta do regime militar ao método do educador Paulo Freire – considerado subversivo -, empregado, já naquela época, com sucesso no mundo todo. Mas os problemas não paravam por aí: com o baixo índice de investimento na escola pública, as unidades privadas prosperaram. E faturaram também. Esse “sucateamento” também chegou às universidades: foram afastadas dos centros urbanos – para evitar “baderna” – e sofreram a imposição do criticado sistema de crédito.

3. “A saúde não era o caos de hoje”
Se hoje todo mundo reclama da “qualidade do atendimento” e das “filas intermináveis” nos hospitais e postos de saúde, imagina naquela época. Para começar, o acesso à saúde era restrito: o Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) era responsável pelo atendimento público, mas era exclusivo aos trabalhadores formais. Ou seja, só era atendido quem tinha carteira de trabalho assinada. O resultado era esperado: cresceu a prestação de serviço pago, com hospitais e clínicas privadas. Essas instituições abrangeram, em 1976, a quase 98% das internações. Planos de saúde ainda não existiam e o saneamento básico chegava a poucas localidades, o que aumentava o número de doenças. Além disso, o modelo hospitalar adotado relegava a assistência primária a segundo plano, ou seja, para os militares era melhor remediar que prevenir. O tão criticado SUS (Sistema Único de Saúde) – que hoje atende cerca de 80% da população – só foi criado em 1988, três anos após o fim da ditadura.

4. “Não havia corrupção no Brasil”

Uma características básica da democracia é a participação da sociedade civil organizada no controle dos gastos, denunciando a corrupção. E em um regime de exceção, bem, as coisas não funcionavam exatamente assim. Não havia conselhos fiscalizatórios e, depois da dissolução do Congresso Nacional, as contas públicas não eram sequer analisadas, quanto mais discutidas. Além disso, os militares investiam bilhões e bilhões em obras faraônicas – como Itaipu, Transamazônica e Ferrovia do Aço -, sem nenhum controle de gastos. Esse clima tenso de “gastos estratosféricos” até levou o ministro Armando Falcão, pilar da ditadura, a declarar que “o problema mais grave no Brasil não é a subversão. É a corrupção, muito mais difícil de caracterizar, punir e erradicar”.Muito pouco se falava em corrupção. Mas não significa que ela não estava lá. Experimente jogar no Google termos como “Caso Halles”, “Caso BUC” e “Caso UEB/Rio-Sul” e você nunca mais vai usar esse argumento.

5. “Os militares evitaram a ditadura comunista”
É fato: o governo do presidente João Goulart era constitucional. Seguia todo à risca o protocolo. Ele chegou ao poder depois da renúncia de Jânio Quadros, de quem era vice. Em 1955, foi eleito vice-presidente com 500 mil votos a mais que Juscelino Kubitschek. Porém, quando Jango assumiu a Presidência, a imprensa bateu na tecla de que em seu governo havia um “caos administrativo” e que havia a necessidade de reestabelecer a “ordem e o progresso” através de uma intervenção militar. Foi criada, então, a ideia da iminência de um “golpe comunista” e de um alinhamento à URSS, o que virou motivo para a intervenção. Goulart não era o que se poderia chamar de marxista. Antes de ser presidente, ele fora ministro de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek e estava mais próximo do populismo. Em entrevista inédita recentemente divulgada, o presidente deposto afirmou que havia uma confusão entre “justiça social” – o que ele pretendia com as Reformas de Base – e comunismo, ideia que ele não compartilhava: “justiça social não é algo marxista ou comunista”, disse. Há também outro fator: pesquisas feitas pelo Ibope às vésperas do golpe, em 31 de março, mostram que Jango tinha um amplo apoio popular, chegando a 70% de aprovação na cidade de São Paulo. Esta pesquisa, claro, não foi revelada à época, mas foi catalogada pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

6. “O Brasil cresceu economicamente”
Um grande legado econômico do regime militar é indiscutível: o aumento da dívida externa, que permaneceu impagável por toda a primeira década de redemocratização. Em 1984, o Brasil devia a governos e bancos estrangeiros o equivalente a 53,8% de seu Produto Interno Bruto (PIB). Sim, mais da metade do que arrecadava. Se transpuséssemos essa dívida para os dias de hoje, seria como se o Brasil devesse US$ 1,2 trilhão, ou seja, o quádruplo da atual dívida externa. Além disso, o suposto “milagre econômico brasileiro” – quando o Brasil cresceu acima de 10% ao ano – mostrou que o bolo crescia sim, mas poucos podiam comê-lo. A distribuição de renda se polarizou: os 10% dos mais ricos que tinham 38% da renda em 1960 e chegaram a 51% da renda em 1980. Já os mais pobres, que tinham 17% da renda nacional em 1960, decaíram para 12% duas décadas depois. Quer dizer, quem era rico ficou ainda mais rico e o pobre, mais pobre que antes. Outra coisa que piorava ainda mais a situação do população de baixa renda: em pleno milagre, o salário mínimo representava a metade do poder de compra que tinha em 1960.

7. “As igrejas apoiaram”
Sim, as igrejas tiveram um papel destacado no apoio ao golpe. Porém, em todo o Brasil, houve religiosos que criaram grupos de resistência, deixaram de aceitar imposições do governo, denunciaram torturas, foram torturados e mortos e até ajudaram a retirar pessoas perseguidas pela ditadura no país. Inclusive, ainda durante o regime militar, uma das maiores ações em defesa dos direitos humanos – o relatório “Brasil: Nunca Mais” – originou-se de uma ação ecumênica, desenvolvida por dom Paulo Evaristo Arns, pelo rabino Henry Sobel e pelo pastor presbiteriano Jaime Wright. Realizado clandestinamente entre 1979 e 1985, gerou uma importante documentação sobre nossa história, revelando a extensão da repressão política no Brasil.

8. “Durante a ditadura, só morreram vagabundos e terroristas”
Esse é um argumento bem fácil de encontrar em caixas de comentário da internet. Dizem que quem não pegou em armas nunca foi preso, torturado ou morto pelas mãos de militares. Provavelmente, quem acredita nisso não coloca na conta o genocídio de povos indígenas na Amazônia durante a construção da Transamazônica. Segundo a estimativa apresentada na Comissão da Verdade, 8 mil índios morreram entre 1971 e 1985. Isso sem contar as outras vítimas da ditadura que não faziam parte da guerrilha. É o caso de Rubens Paiva. O ex-deputado, cassado depois do golpe, em 1964, foi torturado porque os militares suspeitavam que, através dele, conseguiriam chegar a Carlos Lamarca, um dos líderes da oposição armada. Não deu certo: Rubens Paiva morreu durante a tortura. A verdade sobre a morte do político só veio à tona em 2014. Antes disso, uma outra versão (bem mal contada) dizia que ele tinha “desaparecido”. Para entrar na mira dos militares durante a ditadura, lutar pela democracia – mesmo sem armas na mão – já era motivo o suficiente.

9. “Todos os militares apoiaram o regime”
Ser militar na época não era sinônimo de golpista, claro. Havia uma corrente de militares que apoiava Goulart e via nas reformas de base um importante caminho para o Brasil. Houve focos de resistência em São Paulo, no Rio de Janeiro e também no Rio Grande do Sul, apesar do contragolpe nunca ter acontecido. Durante o regime, muitos militares sofreram e estima-se que cerca 7,5 mil membros das Forças Armadas e bombeiros foram perseguidos, presos, torturados ou expulsos das corporações por se oporem à ditadura. No auge do endurecimento do regime, os serviços secretos buscavam informações sobre focos da resistência militar, assim como a influência do comunismo nos sindicatos, no Exército, na Força Pública e na Guarda Civil.

10. “Naquele tempo, havia civismo e não tinha tanta baderna como greves e passeatas”
O então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva
discursando em greve no fim dos anos 70.


Quando os militares assumiram o poder, uma das primeiras medidas que tomaram foi assumir a possibilidade de suspensão dos diretos políticos de qualquer cidadão. Com isso, as representações sindicais foram duramente afetadas e passaram a ser controladas com pulso forte pelo Ministério do Trabalho, o que gerou o enfraquecimento dos sindicatos, especialmente na primeira metade do período de repressão. Afinal, para que as leis trabalhistas vigorem, é necessário que se judicializem e que os patrões as respeitem. Com essa supressão, os sindicatos passaram a ser compostos mais por agentes do governo que trabalhadores. E os direitos dos trabalhadores foram reduzidos à vontade dos patrões. Passeatas eram duramente repreendidas. Quando o estudante Edson Luísa de Lima Souto foi morto em uma ação policial no Rio de Janeiro, multidões foram às ruas no que ficou conhecido com o a Passeata dos Cem Mil. Nos meses seguintes, a repressão ao movimento estudantil só aumentou. As ações militares contra manifestações do tipo culminaram no AI-5. O que aconteceu daí para a frente você já sabe.

 



segunda-feira, 23 de junho de 2014

Laika: o primeiro ser vivo a ir para o espaço

Retomando o assunto sobre a corrida espacial durante a Guerra Fria, entre EUA e URSS, relembremos a história do primeiro ser vivo a ir para o espaço, demonstrando o pioneirismo russo naquela corrida que culminaria com a viagem à lua do homem. Porém, o primeiro ser vivo não era um humano, e sim o melhor amigo - no caso, amiga - dele.





A PRIMEIRA COSMONAUTA, por Frédérick Gersal

Ela possuía uma expressão doce, era vibrante e enterneceu todo o planeta. Laika se tornaria uma verdadeira heroína da grande história da conquista do espaço e assim é celebrada ainda hoje na Rússia. Sem ela, as mulheres e os homens talvez tivessem permanecido muito mais tempo na Terra. Mas ela também foi vítima da disputa entre dois governos pela hegemonia no cenário geopolítico.
Laika


O AMIGO DO HOMEM O cão foi um dos primeiros animais a se deixar domesticar. Arqueólogos descobriram ossadas de cães perto daquelas que certamente eram as de seus senhores, datadas do Período Paleolítico. Incontestavelmente, faz muito tempo que o homem e o cão se uniram por uma causa comum: sobreviver, resistindo juntos, muitas vezes, a espécies mais fortes do que ambos sozinhos.

No decorrer dos séculos, os cães foram utilizados para guardar domicílios, puxar objetos, defender seus donos de ataques, ajudar na caça... Com o avanço da ciência, o cão teve novas serventias, a ponto de oferecer a primeira cosmonauta da história: a pequena Laika.

GUERRA FRIA Lembremo-nos de que, desde o fim da Segunda Guerra Mundial e no decorrer dos dez anos seguintes, as atividades espaciais foram estimuladas pelos imperativos militares das superpotências que emergiram do conflito. Os soviéticos criaram, já em 1948, no seio de seu exército, uma seção especial encarregada de estudar as possíveis utilizações dos foguetes.

Pouco depois, americanos e soviéticos conceberam o projeto, cada um por si, de lançar um satélite artificial que poderia orbitar em torno da Terra. Ambos os países previram que poderiam alcançar o objetivo no ano geofísico internacional de 1957-1958.

Foram os russos, no entanto, que saíram na frente. Em agosto de 1957, a URSS lançou um foguete intercontinental de 8 mil quilômetros de alcance. Nikita Kruschev, primeiro-secretário do Partido Comunista da União Soviética, entusiasmou-se e declarou então que “a era dos aviões havia chegado ao fim e dado lugar à dos foguetes!”. Os ocidentais pensaram que se tratava apenas de um blefe. Mas o governo soviético percebeu que, em termos de propaganda, a vitória tinha sido retumbante. Os engenheiros foram instados a acelerar todos os projetos. Em poucos meses, as vitórias soviéticas na corrida espacial se multiplicaram.

Em 4 de outubro de 1957, ocorreu o lançamento do Sputnik 1, o primeiro satélite artificial a gravitar na órbita da Terra. O artefato se apresentou sob a forma futurista de uma esfera de alumínio de 58 centímetros de diâmetro dotada de quatro antenas. Tendo uma massa de 83,6 quilos, ele possuía dois emissores de rádio que transmitiram para o mundo inteiro, durante 21 dias, os célebres bipes que anunciaram o nascimento da era espacial.

Os oficiais soviéticos, cada vez mais animados, acharam que seria uma excelente ideia mais um lançamento espacial para comemorar o 40º aniversário da Revolução Russa, a ser completado em 7 de novembro (pelo calendário gregoriano). Foi decidido que seria lançado ao espaço o primeiro ser vivo. Enquanto os engenheiros desenvolviam o que seria o Sputnik 2, três cães (Albina, Mushka e Laika) eram treinados e testados para a missão. Em 3 de novembro de 1957, a URSS lançou de Baikonur um satélite de 500 quilos que transportou pela primeira vez um morador da Terra para o espaço. Era uma passageira – e não sem importância, pois se tratava da cadelinha Laika. O anúncio dessa expedição oficial foi feito nos seguintes termos: “O satélite que acabou de ser lançado leva um contêiner hermético dentro do qual se encontram um cão com um aparelho de ar condicionado, reservas de alimento e instrumentos para o estudo do comportamento animal nos espaços interplanetários”.

UMA RAÇA COM HISTÓRIA Essa cadelinha heroica era provavelmente um cruzamento de husky com fox-terrier. Essa segunda raça já fora celebrada pelo romano Plínio, o Velho, que fala dela em sua História natural, do primeiro século da era cristã. Marco Polo foi outro que se referiu aos terriers como cães de caça do Grande Khan. Mas a popularidade desses pequenos animais se deve, sobretudo, a Milou, o fiel companheiro de Tintin.

SEM RETORNO Laika foi não somente pioneira, mas, é forçoso também dizer, mártir, pois não voltou viva de sua viagem ao reino dos céus. Não houve tempo para que os engenheiros russos desenhassem qualquer plano de recuperação para Laika. Dessa vez, um gol contra em termos de relações públicas dos soviéticos, já que a cadela havia conquistado os corações e todos esperaram notícias dela por dias.

Tendo esgotado suas reservas de oxigênio, ela morreu ao fim de cinco a sete horas, na versão mais aceita. Mas há outras teses que preconizam que ela teria sobrevivido por quatro dias, até que uma pane elétrica elevou exponencialmente a temperatura no interior de sua cabine, matando-a de calor.

O certo é que Laika não teve mais do que seis dias de vida espacial, porque no sexto dia da missão as baterias do Sputnik se esgotaram. O satélite vagou em órbita da Terra por meses, desligado, até reentrar na atmosfera em 14 de abril de 1958 e se incendiar, junto com os restos mortais de Laika.
Monumento em homengagem a Laika,
inaugurada em 2008, na capital russa,
Moscou


Além de pioneira no espaço, provando que era possível um ser vivo sobreviver fora da atmosfera, a cadelinha, com seu triste fim, alimentou o então quase inexistente debate sobre o uso de animais em experiências científicas. Ou seja, sua morte pode ter salvado a vida de muitos outros de sua espécie.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Sim, o homem foi à Lua

1969, auge da corrida espacial da Guerra Fria: o que um lado fazia, o outro tentava não apenas repetir, mas fazer melhor. Dentre as várias áreas em que Estados Unidos e União Soviética "guerrearam" foi na tecnologia espacial. A ida do homem à lua, projetada e concretizada pelos americanos, foi uma resposta aos avanços soviéticos na tecnologia, avanços que culminaram com a primeira viagem espacial tripulada por Yuri Gagarin, em 1961, um feito russo espetacular.
Corrida espacial: EUA X URSS
 No entanto, até hoje ouvimos questionamentos quanto a ida de Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michel Collins. Será que estavam em um estúdio hollywoodiano? O que explica a bandeira americana tremulando em lugar que não tem atmosfera, logo, não tem ar? E as estrelas, porque não aprecem nas fotos? E porque o homem nunca mais voltou a lua?
Nesta reportagem do site G1 (clique aqui), feita em 2009 por ocasião dos 40 anos da viagem, o astrônomo Ronaldo Mourão explica esses mitos, dentre eles o caso da bandeira: segundo o astrônomo ela não estava tremulando de fato, mas sim, estava amassada! vejam o que ele diz:

Preste atenção nas imagens: a bandeira americana não está voando. Ela está amassada, por que estava guardada em algum canto do apertadíssimo módulo lunar. É possível perceber que não há variação nas “ondas” da bandeira, não importa qual foto se veja. “
Duas imagens da bandeira

Ou seja, em todas as fotos ela aparece na mesma posição, com a mesma ondulação, o que demonstra que ela estava intacta, não estava se mexendo.
Outros pontos: a União Soviética não só reconheceu, como cooperou, em partes, com a viagem americana pois estava lançando uma sonda para a Lua também. Como havia o risco de choque entre a sonda e a Apollo 11 (nave americana), os dois rivais tiveram que entrar em contato para evitar a batida. O homem não retornou a lua devido ao "gelo" soviético quanto a viagem americana. Os russos ignoraram a viagem e passaram a investir recursos em outros projetos. Como rival não quis competir, os estadunidenses acabaram também direcionando suas pesquisas para outras áreas.
Enfim, deem uma lida na reportagem e também em outra, do mesmo site, que fala qual a situação atual das bandeiras (foram 6 bandeiras, não apenas uma) fincadas na Lua.

Astrônomo desmente mitos de que homem não teria ido à Lua: http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL1230054-17082,00-ASTRONOMO+DESMENTE+MITOS+DE+QUE+HOMEM+NAO+TERIA+IDO+A+LUA.html




segunda-feira, 2 de junho de 2014

Grandes civilizações: Império Bizantino

Abaixo, os videos que a turma 201 assistiu sobre o Império Bizantino. O vídeo é simples e claro, ajudando a entender este importante Império, herdeiro de Roma, e que durou em torno de mil anos (do século V ao final do  XV).





Representação do ataque dos cristãos a Constantinopla, durante a quarta cruzada
entre 1202 e 1204.