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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Uma história social da música

Povo,

Mais um texto que fiz para a disciplina de Artes da turma 102, agora falando um pouco sobre música e um pouco da sua história - ao menos em termos ocidentais.

aproveitem!

Danças pré-históricas
A música faz parte da nossa vida. É um fato. A todo o momento estamos com os nossos fones de ouvido escutando algo que por diversos fatores, nos faz sonhar, refletir, movimentar-se ou que simplesmente nos desconecta das nossas realidades. Portanto, a música está e sempre estará presente no cotidiano dos seres humanos. Entretanto, ao longo da história, tal presença dessa arte cumpriu diferente papeis dentro das sociedades humanas. Logo, ao recapitularmos um pouco do desenvolvimento histórico desta produção cultural, vamos analisar, mais detidamente, não somente as suas formas e estilos, mas principalmente, suas funções e suas influências ao longo do tempo.

1. PRÉ-HISTÓRIA E MUNDO ANTIGO ORIENTAL

Os primeiros registros sobre a presença da música encontram-se em diversas cavernas na África, em torno de 52 mil anos AP, quando as primeiras comunidades humanas estão se formando e se espalhando pelo continente africano e para fora dele. Em pinturas rupestres é possível ver cenas de pessoas dançando, outras provavelmente tocando instrumentos musicais, o que poderia indicar o papel da música como entretenimento nas comunidades humanas.
Representação musical egípcia
No Mundo Antigo Oriental – Mesopotâmia, Egito, índia e China – a música costumava-se estar vinculada aos rituais religiosos sagrados ou relacionada às solenidades oficiais dos governantes, demonstrando o status social elevado. Registros em que as pessoas utilizavam paus e discos e batiam uma contra a outra visando produzir sons em cerimônias religiosas eram bastante comum no Egito Antigo.

2. MUNDO ANTIGO GRECO-ROMANO

No mundo ocidental, os gregos foram os primeiros e buscar sistematizar os produtos culturais e científicos existentes até então. A Filosofia, a Matemática e a História, no campo científico; o Teatro, a Arquitetura e a Escultura, no campo artístico foram algumas das áreas do conhecimento humano a ganhar seus teóricos, seus pensadores.
A música era interpretada como uma linguagem que estava presente em todo o universo, justificando assim sua presença e sua importância para outras áreas como o Teatro e a Dança, bem como para a sociedade em suas cerimônias religiosas. Os romanos apropriaram-se desta produção grega e as utilizaram para os mesmos fins, mas ajudaram também no desenvolvimento de novos instrumentos musicais.

3. EUROPA MEDIEVAL (SÉCULO V ao XIV)

representação medieval do canto
gregoriano
O período conhecido como Idade Média acabou privilegiando a história europeia, em um momento em que a Europa era “periferia” do mundo. Nesta época, a Igreja Católica – em franco desenvolvimento desde alguns anos antes da queda do Império Romano – adquiriu poder político e social considerável, muito maior do que os governantes europeus, influenciando decisivamente na produção cultural e na forma de pensar da sociedade ocidental.
Na produção musical, a cristandade influenciou fortemente: todos os estilos musicais conhecidos do período estão vinculados a Igreja, destacando-se o Canto Gregoriano. Invenção musical existente antes mesmo do nascimento de Jesus Cristo tornou-se elemento essencial nos cultos cristãos. As canções medievais caracterizavam-se pela simplicidade melódica e a ausência quase completa de instrumentos.

4. RENASCIMENTO (SÉCULOS XIII, XIV, XV)

Os artistas renascentistas buscavam afastarem-se das práticas religiosas, a partir dos conceitos universalistas e humanistas. Na música também se refletirá com produções mais elaboradas e com pretensões mais universais. Outra característica era o uso das línguas locais ao invés do Latim.

5.  O BARROCO E O CLÁSSICO (EUROPA MODERNA – SÉCULOS XVII, XVIII e XIX)

Concerto clássico
A música barroca surgiu no século XVII e caracterizou-se por ser mais dramática e mais elaborada. A ópera é o resultado mais conhecido do barroco musical. A música clássica é posterior historicamente e trouxe ao público a orquestra e as composições a partir dos instrumentos musicais (até então, eram feitas a partir do canto). A Sonata, a Sinfonia, o Concerto são estilos que surgem com a música clássica.

6. ROMANTISMO (SÉCULO XIX)

O romantismo surgiu em um contexto de extremo nacionalismo, em que os povos começam a buscar identidades e características em comum e que os diferem de outras nações. Beethoven é o artista mais conhecido deste estilo.

7. MÚSICA NO SÉCULO XX

Roda de Samba: uma forma de música
popular
A Revolução Industrial interferiu com força na produção musical do século XX: com a formação da indústria eletrônica, produziram-se aparelhos voltados para a reprodução de música. Do Gramofone ao iPod, passando pelo toca-discos e os Walkmans, as possibilidades de reprodução musical só cresceram. Não apenas a reprodução, mas também os instrumentos musicais, antes feitos de forma artesanal e em poucas quantidades passaram a ser fabricados em massa, possibilitando as camadas populares adquirirem e consumirem música não apenas para ouvir, mas também para tocar e produzir.
A popularidade da música refletiu-se na produção musical: a música popular expandiu-se e criou uma série de estilos e gêneros que conhecemos até hoje – e que em geral, são os que nós ouvimos, como o Rock, Pop, Samba, Rap, Música Eletrônica, entre tantas outras.
Gramofone - modelo retrô


CONCEITOS MUSICAIS

MÚSICA: A arte de combinar sons. Visando um resultado agradável ao ouvinte.
MELODIA: Sequência de notas que dão ao som uma organização, uma linha que faz sentido ao ouvinte. Uma música pode ter várias melodias diferentes.
HARMONIA: É quando diferentes sons juntam-se e são ouvidos simultaneamente, formando os acordes.
RITMO: São as diferentes formas de agrupamento dos sons. Especialmente com relação ao tempo e a sua acentuação.
TIMBRE: É o tipo de som de cada instrumento. Sabemos a diferença entre uma guitarra e um trompete através do timbre de cada instrumento, ou seja, de sua forma, seu som.
FORMA: Configuração básica que o compositor dá a sua obra musical. São formas a canção, a ópera, a dança, etc.
GÊNERO: É o tipo de música derivado das formas. A canção pode ter como gêneros a música popular; a ópera tem como gênero a sinfonia ou o concerto, etc.
OUVINTE: Aquele que recebe o som, produzido ou não. O ouvinte pode ser dividido em dois. Limitado: que não se dispõe a ouvir aquilo que foge ao seu gosto. Bom ouvinte: que houve vários tipos de sons, podendo ou ouvir sem compromisso teórico, ou preocupado com os detalhes musicais de uma obra.

BIBLIOGRAFIA: 
ARAÚJO, Lindomar. História da Música. Disponível em: http://www.infoescola.com/musica/historia-da-musica/

BENNETT, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1986.

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